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Escolher e Apreciar Vinhos do Douro

O serviço do vinho envolve uma série de procedimentos que quando devidamente aplicados maximizam o prazer que se pode usufruir do vinho. Não se pretendendo fazer um tratamento exaustivo deste tipo de aspectos, aqui ficam alguns que julgamos serem importantes:

Escolher e comprar:
- Comprar em locais que ofereçam uma boa variedade de rótulos e, mais importante que tenham uma boa rotatividade de stocks;
- Comprar em locais que possuam climatização adequada e que não estejam expostos ao sol. - O “vinho quanto mais velho melhor” é quando muito uma meia verdade e só aplicável a determinados tipos de vinhos. Como regra geral e particularmente, para os que se iniciam, a escolher uma de duas colheitas prefiram a mais recente, principalmente se for um vinho branco.
- Observar o estado da garrafa. A rolha deve estar em boas condições e o nível do líquido nunca deve estar abaixo do normal.
- Caso não conheça um determinado vinho, opte por comprar apenas uma garrafa. Se gostar poderá comprar mais.
- Informe-se da qualidade das colheitas. É sempre um indicador útil, principalmente quando pretendemos adquirir vinhos de alta qualidade.

Armazenamento:
As condições de armazenamento ou de guarda dos vinhos são muito importantes se pretendermos preservar as características dos vinhos e garantir uma evolução regular.
Assim, o local de armazenamento, deve garantir:
- uma temperatura que ronde os 10º - 12º
- com alguma ventilação de modo a evitar a proliferação de fungos
- deve permitir a disposição das garrafas deitadas
- ausência de oscilações ou vibrações
- ausência de odores desagradáveis
- as garrafas devem estar ao abrigo da luz
- a humidade relativa deve ser elevada.

Servir o vinho:
O primeiro passo começa pela remoção da cápsula, no caso de esta existir que deve ser cortada logo abaixo da rolha, utilizando um desencapsulador ou uma faca. De seguida limpa-se o gargalo e procede-se à remoção da rolha que deverá ser realizada com um saca-rolhas que possua uma espiral longa de modo a extrair sem dano as rolhas.
Existe uma técnica de abrir com uma “tenaz” bem aquecida, as garrafas muito antigas cujas rolhas se encontrem em mau estado. Após a utilização da tenaz, passa-se água gelada no gargalo, a fim de provocar um choque térmico e quebra do vidro da garrafa, acima do fim da rolha, para evitar a entrada de pequenos bocados de vidro para dentro do vinho. Dada a sua complexidade, só se sugere a utilização desta forma de abertura por profissionais.

Decantação:
A decantação consiste na passagem (trasfega) do vinho da garrafa para o decanter (garrafa de cristal). Esta deve ser usada em dois casos: nos vinhos tintos de guarda que estiveram muito tempo na garrafa e que apresentem borra (depósito) e, nos vinhos tintos jovens e alguns vinhos brancos que beneficiem do arejamento que ocorre durante a trasfega da garrafa para o decanter.
A necessidade de arejamento dos vinhos que não formaram sedimento (depósito) é controversa. Uns defendem que o vinho “abre” no decanter e, outros defendem que o arejamento pode resultar em perda de frescura e de carácter frutado.

A prova e os copos:
A escolha do copo é fundamental para o bom serviço do vinho, e a estética e a funcionalidade são os critérios a serem observados.

Requisitos básicos para os copos:
Corpo separado da base por uma haste
Abertura mais estreita que o corpo (com excepção da flûte)
Cristal ou vidro fino
Incolor
Limpeza cuidadosa
Volume em torno de 350 ml
O conteúdo não deve ultrapassar a metade

Fonte IVDP